sexta-feira, 26 de julho de 2013

Público recorde vai à última sessão de 1789



A última sessão do espetáculo 1789 reuniu o maior público da Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Na noite da última quinta-feira (25), o espaço quase atingiu sua lotação máxima, de 200 lugares, com 196 pessoas assistindo ao espetáculo. “A grande quantidade de espectadores não interferiu negativamente. O clima entre o elenco e a plateia foi maravilhoso, todos estavam envolvidos”, declarou o autor e diretor Romualdo Lisboa.

Além do público espontâneo, a plateia da última sessão de 1789 contou com grupos de alunos de escolas locais e do IFBaiano, de Uruçuca. A alta procura por ingressos foi tamanha, que foram necessárias duas bilheterias para dar agilidade às vendas. A possibilidade de compra no cartão de débito e crédito também foi vista como algo positivo. “Hoje em dia, cada vez menos andamos com dinheiro em espécie e comprar as entradas no cartão facilitou muito”, declarou o aposentado Rafaelito Soares.

A primeira temporada de 1789 contou com 18 apresentações ao longo do mês de julho. Quem não conseguiu conferir o espetáculo pode se programar para o mês de agosto, quando o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) celebrará seus 18 anos com todas as montagens do seu repertório. A ópera afro-rock sobre o levante dos escravos do Engenho de Santana estará em cartaz novamente entre os dias 15 e 17, às 20 horas. 

Quem quiser garantir os ingressos antecipadamente, pode fazer reservas ligando para (73) 4102-0580. E, os interessados em pagar meia-entrada em todos os espetáculos da Tenda por um ano podem fazer o Cartão TPI, que ainda garante descontos em demais atividades do espaço cultural. O custo é de R$ 15.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Última semana de 1789 terá sessões de segunda a quinta


A última semana do espetáculo 1789 acontecerá entre a próxima segunda e quinta-feira (22 a 25). O horário das apresentações continua às 20 horas, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Como parte do elenco é composta por membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto e, nos dias 26 e 28 a instituição religiosa estará em festa, o final da temporada foi antecipado. Os ingressos custam R$ 20 e R$10, podem ser adquiridos no cartão de crédito, débito ou pelo Cartão TPI. Reservas pelo telefone (73) 4102-0580. 

A montagem do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) tem atraído diferentes públicos em cada sessão. Além da comunidade local, turistas de várias partes do Brasil, como Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já marcaram presença. Nesta semana, alunos do Colégio Estadual Paulo Américo de Oliveira, de Ilhéus, também compuseram o público, comprometendo-se a entregar uma atividade escolar sobre a peça.

O levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrido no final do século XVIII, é o tema principal de 1789. Mas o espetáculo trata de questões mais profundas, a exemplo da relação entre patrões e empregados, direitos humanos e responsabilidade social. São 20 atores, atrizes, músicos e bailarinos que, com muito dinamismo, misturam história e ficção na narrativa escrita e dirigida por Romualdo Lisboa.
A trilha sonora e direção musical de 1789 são de Elielton Cabeça, coreografia de Zebrinha e maquiagem de Guto Pacheco. O espetáculo é patrocinado pelo Fundo de Cultura da Bahia, através do edital setorial de teatro. A produção é de Pawlo Cidade, da Associação Comunidade Tia Marita. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

1789 surpreende público com dinamismo e qualidade técnica

O espetáculo 1789 inicia sua terceira semana de apresentações acumulando críticas positivas do público. A ópera afro-rock do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) vem encantando espectadores com seu dinamismo. “A história é envolvente, não sentimos o tempo passar”, declarou a professora Elena Nogueira. Outro ponto ressaltado é a qualidade técnica. “O elenco, o uso do vídeo, o cenário móvel e as músicas marcantes surpreendem”, afirmou o turista de São Paulo, Mário Coelho. 

A montagem 1789 narra o levante dos escravos do Engenho de Santana, onde hoje é o povoado do Rio do Engenho. A rebelião aconteceu entre os anos de 1789 e 1791, quando os cativos ficaram insatisfeitos com o tratamento recebido, pararam suas atividades e tentaram negociar melhorias através de uma carta. A peça fica em cartaz até o dia 27 deste mês, com sessões de quarta a sábado, a partir das 20 horas. As entradas custam R$ 20 e R$ 10. A classificação indicativa é 12 anos.

Além de contar o fato histórico, considerado um embrião do movimento sindical no Brasil, 1789 instiga o público sobre questões mais profundas, como a necessidade de novos olhares e posturas. “Ouvimos sempre que é preciso buscar o desenvolvimento econômico. Nossa proposta é o desenvolvimento das pessoas e da criatividade, para que os invisíveis sociais se tornem protagonistas”, adianta o autor e diretor Romualdo Lisboa.

O elenco é formado por 20 artistas, entre membros do TPI e do Terreiro Matamba Tombenci Neto, descendente dos escravos que realizaram a revolução histórica. A trilha sonora e direção musical são de Elielton Cabeça, coreografia de Zebrinha e Maquiagem de Guto Pacheco. O espetáculo é patrocinado pelo Fundo de Cultura da Bahia, através foi do edital setorial de teatro. A produção é de Pawlo Cidade, da Associação Comunidade Tia Marita. 



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sessão de 1789 desta quinta dará meia-entrada a todos




O Teatro Popular de Ilhéus declara seu apoio aos milhares de brasileiros que pararam suas atividades e estão nas ruas em protesto ao tratamento dado pelo poder público. Para isso, a sessão desta quinta-feira (11) do espetáculo 1789 concederá o direito à meia-entrada a todo o público, que pagará apenas R$ 10. A apresentação começa às 20 horas, na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes.

A montagem 1789 tem muito em comum com a série de manifestações desta quinta-feira. Assim como a comunidade, que grita em protesto aos descasos sofridos, os protagonistas da peça mostram sua força diante ao tratamento abusivo e buscam justiça. O espetáculo compara o histórico levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrido entre 1789 e 1791, ao dilema dos operários de uma fábrica de processamento de cacau, em 2089.
O texto e a direção geral de 1789 é de Romualdo Lisboa, trilha sonora e direção musical de Elielton Cabeça, Coreografia de Zebrinha e maquiagem de Guto Pacheco. A produção é assinada por Pawlo Cidade, através da Associação Comunidade Tia Marita. O espetáculo segue em cartaz até o dia 27 deste mês, com sessões de quarta a sábado.

terça-feira, 9 de julho de 2013

1789 entra na segunda semana de apresentações



A ópera afro-rock do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) entra em sua segunda semana de apresentações, na Tenda montada na Avenida Soares Lopes. O espetáculo 1789 ficará em cartaz até o dia 27 deste mês, com sessões de quarta a sábado, sempre às 20 horas. As entradas para quem quiser conferir a história do levante dos escravos do Engenho de Santana custam R$ 20 e R$ 10. A classificação indicativa é 12 anos.

A montagem 1789 não se limita a contar o fato histórico, ocorrido em Ilhéus, no final do século XVIII. Unindo as linguagens do teatro, música, dança e audiovisual, o espetáculo fala sobre a necessidade de novas revoluções de ideias e posturas. Além do elenco do TPI, a peça traz membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, descendente dos cativos que protagonizaram a rebelião entre 1789 e 1791. “É um reforço às nossas raízes históricas”, enfatiza o autor e diretor Romualdo Lisboa. 

Elenco e cenário estão em permanente transformação, ritmados pela vigorosa trilha sonora composta por Elielton Cabeça, que combina rock e blues à percussão africana. Ao todo, são 20 artistas em cena, que interpretam, cantam e dançam. As coreografias foram elaboradas pelo diretor artístico do Balé Afro da Bahia, Zebrinha. A maquiagem étnica, que remete às tribos africanas foi concebida por Guto Pacheco.

A peça 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau em uma fictícia Ilhéus de 2089. Os trabalhadores lutam por melhores condições de trabalho e desejam parar de exportar a matéria-prima e produzir o próprio chocolate. A partir disso, começam os saltos no tempo e espaço até o século XVIII, entre Brasil e Portugal. A série de acontecimentos, misturando personagens reais e fictícios mostra o contexto que culminou na carta de reivindicações escrita pelos negros, durante a revolta no Engenho de Santana.

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo historiador doutor Marcelo Henrique Dias, incluindo debates com especialistas no projeto Improviso, Oxente!. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

1789 em cartaz de quarta a sábado na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus


A nova montagem do Teatro Popular de Ilhéus (TPI), 1789, estreou oficialmente na última terça-feira (02), e ficará em cartaz até o dia 27 deste mês. As sessões acontecerão de quarta-feira a sábado, às 20 horas, na Tenda montada na Avenida Soares Lopes. A ópera afro-rock instiga o público sobre a necessidade de uma revolução de ideias e posturas, a partir do levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrida entre 1789 e 1791. As entradas custam R$ 20 e R$ 10 e a classificação indicativa é de 12 anos.

Além dos artistas do TPI, a montagem conta com membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, totalizando 20 pessoas em cena, revezando-se em diferentes papéis. Antes da estreia oficial, houve uma avant-première para convidados na segunda-feira (1º), com casa lotada. Um dos momentos de maior emoção é a participação de Hilsa Rodrigues, matriarca da comunidade descendente dos escravos que protagonizaram a revolta histórica. “É muito bom estar aqui com os jovens do Teatro Popular de Ilhéus, aprendendo muito e falando sobre a valorização da nossa cultura”, declarou Mãe Hilsa Mukalê. 

O enredo de 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau em uma fictícia Ilhéus de 2089. Os trabalhadores lutam para deixar de exportar a matéria-prima e produzir o próprio chocolate. A partir das discussões sobre a greve, começam os saltos temporais até o século XVIII, entre Brasil e Portugal. Os acontecimentos culminam na revolta, marcada por uma carta de reivindicações escrita pelos negros, demonstrando letramento numa época em que o analfabetismo imperava até entre brancos.

O dinamismo do espetáculo passa a ideia de como a vida está em constante transformação, através de novos sentimentos, projetos e lutas. Além dos recursos audiovisuais, parte da estrutura cênica é construída pelos atores ao decorrer de cada quadro, com 60 sacos recheados com serragem. Os figurinos foram confeccionados pelas costureiras do Terreiro Matamba Tombenci Neto e a maquiagem realizada por Guto Pacheco. A trilha sonora e direção musical são assinadas por Elielton Cabeça.

De acordo com o autor e diretor da peça, Romualdo Lisboa, trazer ao público as estratégias de sobrevivência dos ancestrais do Santana, permite o despertar de um olhar mais crítico sobre as relações que são travadas hoje. “Um espetáculo de teatro não é outra coisa senão um espelho. É diante deste espelho que queremos colocar a sociedade”, explica Lisboa.

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo historiador doutor Marcelo Henrique Dias, além dos debates com especialistas no projeto Improviso, Oxente!. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Estreia oficial de 1789 será nesta terça na Tenda do TPI


A partir desta terça-feira (02), o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) começa sua nova revolução com a estreia de 1789. O espetáculo, uma ópera afro-rock, não só conta o fato histórico do levante dos escravos do Engenho de Santana, no século XVIII. A peça discute ainda condições de trabalho, autonomia de produção e a necessidade de uma nova transformação social. A peça será apresentada às 20 horas e ficará em cartaz até o final do mês, de quarta a sábado, na Tenda do TPI. As entradas custam R$ 20 e R$ 10.

Apesar de a estreia ter sido marcada para a data em que se comemora a Independência da Bahia, o espetáculo 1789 fará apresentação especial para 200 convidados nesta segunda-feira (1º). A pré-estreia será às 20 horas, na Tenda do TPI, montada na Avenida Soares Lopes. Como forma de valorização dos produtos culturais da região, a avant-première não será gratuita. As entradas devem ser reservadas no local ou pelo telefone (73) 4102-0580.
Zebrinha deu as últimas orientações
ao elenco de 1789 antes da estreia

O diretor artístico do Balé Afro da Bahia, Zebrinha, re-encontrou com o elenco do TPI neste sábado e domingo (29 e 30). O coreógrafo ajudou a afinar os últimos detalhes dos movimentos dos artistas e marcações de cenas. Ele já havia colaborado anteriormente com a montagem. Outro colaborador artístico foi o diretor e dramaturgo Márcio Meirelles, do Bando de Teatro Olodum, que ministrou oficina sobre performance negra.

Além da combinação musical entre rock e música afro, dirigida por Elielton Cabeça, 1789 mistura as linguagens do teatro, dança e audiovisual. “Queremos apresentar um fato histórico de maneira diferente, do jeito do Teatro Popular de Ilhéus”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa. A peça conta ainda com membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente dos escravos do Engenho de Santana. Mãe Hilsa Mukalê, matriarca da comunidade, faz uma participação especial.

Tudo em 1789 está em constante transformação. Parte da estrutura cênica é construída ao decorrer de cada acontecimento, com sacos recheados de serragem. Ao todo, 20 artistas em cena revezam-se entre diferentes papéis. Os figurinos foram confeccionados pelas costureiras do Terreiro e a maquiagem feita por Guto Pacheco. Os equipamentos e acessórios utilizados foram adquiridos em Ilhéus, exceto o de rapel.

A história de 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau no ano de 2089. Os trabalhadores lutam para produzir o próprio chocolate, deixando de exportar a matéria-prima. A partir das discussões sobre a greve, o espetáculo faz saltos no tempo e espaço, até a rebelião dos cativos, que tomaram o Engenho de Santana entre 1789 e 1791. O fato histórico foi marcado por uma carta de reivindicações escrita pelos negros, demonstrando letramento entre os escravos, na época em que o analfabetismo imperava.

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo professor doutor Marcelo Henrique Dias, além de uma série de debates no projeto Improviso, Oxente!, iniciada em 2008 e retomada em 2012. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.